Organização Mundial do Comércio (OMC) condena Boeing por receber doações ilegais
A Organização Mundial do Comércio (OMC) anunciou nesta segunda-feira (31/01) que considera ilegais os subsídios que o fabricante norte-americano Boeing recebeu do governo de seu país durante muitas décadas. Para a entidade, o incentivo distorceu a concorrência e gerou um impacto negativo sobre os concorrentes europeus da empresa. De acordo com a organização, os efeitos vão perdurar durante muito tempo, colocando a Airbus em desvantagem.
Algumas das resoluções do relatório final que deve ser divulgado em algumas semanas são: A Boeing só conseguiu lançar o 787 por conta dos subsídios ilegais. O avião acumula três anos de atraso na entrega; O fabricante recebeu, pelo menos, US$ 5 bilhões de investimento público ilegal; Outros US$ 2 bilhões que a Boeing deve receber também foram considerados ilegal; O prejuízos obtidos vão muito além do valor recebido pela Boeing. A OMC também deu ordens para que a ajuda ilegal cesse.
A Airbus comemorou a decisão. “Os resultados obtidos pela European Commission e pelo Member States foram excelentes”, afirmou o responsável pela área de Assuntos Públicos e Comunicação da Airbus, Rainer Ohler. “Acreditamos que a OMC demorará alguns anos para resolver essa disputa, assim como acontece com vários conflitos. A solução só chegará por meio de negociações. O mito de que a Boeing não recebeu ajuda ilegal acabou, por isso nós esperamos que as negociações comecem a avançar”. Quanto aos prejuízos obtidos pela Airbus, o fabricante europeu estima que teve um prejuízo de, pelo menos, US$ 45 bilhões em razão de vendas perdidas.
A atual sentença é consequência da denúncia apresentada pela União Europeia em 2007 junto à OMC, na qual era dito que os subsídios a Boeing totalizavam quase US$ 24 bilhões.
Paralelamente, a Organização se posicionou no final de junho do ano passado contrária a outras ajudas públicas recebidas pela Airbus por parte dos Governos europeus, resultado nesse caso de uma denúncia prévia dos Estados Unidos.
Em seu primeiro veredicto de mais de 1.000 páginas apresentado em 30 de junho, a OMC estabeleceu que os empréstimos alemães, espanhóis e britânicos para o Airbus A380 constituem "subvenções proibidas para a exportação".
Fonte: AERO MAGAZINE
















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